Daviaud – l’écomusée du marais vendéen

Nome
Daviaud – l’Écomusée du Marais vendéen

Localização

 O ecomuseu do Marais vendéen (46.875306,-2.101096) está situado na comuna de Barre-de-Monts, no departamento da Vendeia (França). É gerido pela Communauté de communes Océan-Marais de Monts, que integra cinco comunas (Saint-Jean-de-Monts, Notre-Dame-de-Monts, La Barre-de-Monts, Soullans, Le Perrier). O seu campo de acção cobre a parte do Marais breton situado na Vendeia.

Le Marais breton

O Marais breton é uma zona húmida (polders e prados húmidos atravessados por valas e canais) que se estende por 45.000 ha.
Originalmente, esta zona fazia parte de uma antiga baía coberta pelo oceano (Baía da Bretanha). Durante a Idade Média as populações construíram diques e canais para a converterem em marinhas de sal. Do séc. XV ao séc. XVIII, o Marais breton foi um dos maiores produtores de sal da França. Esse sal era sobretudo exportado para os países nórdicos.
Esta zona de produção foi sendo progressivamente abandonada a favor das salinas do sul. A agricultura tornou-se mais importante do que a actividade salícola, o que originou uma reconversão da gestão hidráulica (expulsão da água salgada para o mar, substituindo-a progressivamente pela água da chuva). As marinhas de sal abandonadas ainda são visíveis na paisagem, sendo que muitas foram reconvertidas em tanques de pesca.

Desde há cerca de quinze anos que a actividade salícola sofreu um renascimento, particularmente nas comunas de Bourgneuf-en-Retz, Bouin e Beauvoir-sur-Mer. Na Barre-de-Monts, a marinha de Daviaud é a única em actividade, contando com cerca de quinze salineiros activos.


Descrição

O Écomusée du Marais vendéen dedica-se à conservação, ao estudo e à valorização do património ligado à sua região e actua principalmente em dois domínios : 

O ecomuseu é um espaço aberto, no qual 15 hectares podem ser visitados. Nesses 15 hectares encontram-se edifícios representativos da arquitectura local: quintas, bourrines (casas tradicionais do Marais breton) salorge (armazéns de sal tradicionais)… Estes edifícios foram conservados in situ ou desmontados e tornados a montar no local, na tentativa de preservar este património arquitectural.  Neles são apresentadas exposições, reconstituições de interiores, projecções audiovisuais, que permitem ao visitante compreender a história e a evolução dos modos de vida nas salinas.

O património natural

Desde 1998, o ecomuseu tem desenvolvido um programa de investigação sobre a fauna e a flora do Marais vendéen. Está em curso uma parceria com laboratórios de investigação universitários. O ecomuseu é um local privilegiado para estudar a fauna e a flora, dado que se encontra situado no centro de 75 hectares de Espaces Naturels Sensibles (medida de protecção ambiental), os quais gere. As pesquisas efectuadas até ao momento permitiram conceber uma exposição permanente, exposições temporárias, animações específicas, eventos em redor da natureza.

 

O património etnográfico

O Écomusée du Marais vendéen tem a certificação de "Musée de France". Esta certificação, concedida pelo Estado Francês, reconhece o interesse nacional das colecções e das acções desenvolvidas pelo ecomuseu em benefício do património. O ecomuseu possui uma colecção de cerca de 2500 objectos de carácter etnográfico. Para além dos objectos, o ecomuseu conserva edifícios e actividades específicas na região, como le marais salant du Daviaud. 

Para além da visita do sítio (constituído por uma dezena de edifícios) o ecomuseu faz todos os anos exposições temporárias sobre a história, os modos de vida e as actividades económicas das salinas (em 2009, uma exposição foi consagrada aos salineiros em actividade no Marais vendéen, e foi produzido um filme sobre o mesmo tema). Foram igualmente feitas algumas animações para os visitantes, nomeadamente para o público escolar.

 

Le marais salant de l’écomusée

Nas proximidades da Ferme de Daviaud (edifício principal do ecomuseu), uma antiga marinha de sal foi novamente posta em actividade. Esta marinha, ligada à Ferme de Daviaud, esteve em funcionamento até 1917 e foi novamente posta em funcionamento pelo ecomuseu em 1987, com o objectivo de conservar in situ o saber-fazer dos salineiros do Marais vendéen. Esta marinha artesanal tem 10 talhos (área de recolha). A produção de sal atinge as dez toneladas de sal grosso e uma tonelada de flor de sal por Verão. A marinha é propriedade do sítio, mas é gerida, mediante uma convenção com o ecomuseu, por um salineiro independente.

 

Imagens de Ilha de Daviaud

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