Lista de Sitios

Lista de locais de aplicação do projecto

Salinas de Añana (Alava)

Nome: Valle Salado

Localização:

O municipio de Añana (42º 47' 59.76'' N /  2º 59' 07.95'' O) situa-se na parte ocidental da região de Álava, no centro de um vale, a uma distância de 29 quilómetros de Vitoria-Gasteiz.

Descrição:

O Valle Salado de Añana está situado sobre um antigo mar que secou há mais de 200 milhões de anos. O sal que ficou depositado no fundo desse mar veio à superfície terrestre devido a um fenómeno geológico denominado Diapiro. Graças a este fenómeno geológico, a água salgada (ou salmoura) surge, de forma natural e constante, em Salinas e, ao ficar exposta ao sol e ao vento sobre as plataformas de evaporação, transforma-se em sal.

A exploração salícola que podemos actualmente observar é o resultado de um complexo processo de construção que se desenvolveu ao longo de centenas de anos, e que deu origem neste vale a 5000 eiras, 767 terraços, 2040 muros, 848 poços e 248 almaneces (edificações destinadas a armazenar o sal). Tudo isto distribuído numa superfície de mais de 111 mil metros quadrados. A água salgada provém de quatro mananciais, dos quais brotam cerca de três litros por segundo, com uma salinidade superior a 200 gramas por litro.

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Website: www.vallesalado.com

Telefone: (+34) 945 35 14 13

Localização: Miguel Díaz Tuesta
                     Plaza, 1
01426 Salinas de Añana
Álava (España)

Vídeos sobre as Salinas de Añana

 

Infograf?a del Valle Salado de Salinas de A?ana II Infograf?a del Valle Salado de Salinas de A?ana I

Imagens das Salinas de Añana

 

Litoral Atlântico Andaluz

 

Nome

Litoral atlântico andaluz

Ao contrário de outros países com jazidas de sal-gema, a obtenção de sal na Andaluzia tem sido baseada em técnicas de evaporação. O sal e as salinas, embora não sejam hoje tão comuns e características da faixa litoral andaluza e em algumas zonas do interior, são contudo elementos essenciais da fisionomia da maioria das suas paisagens e da memória cultural dos seus habitantes, pelo que continuam de alguma forma presentes neste território, apesar de quase todas as explorações salícolas, antes florescentes, se encontrarem hoje transformadas ou abandonadas. 

Localização

O litoral andaluz compreende as províncias de Huelva, Cádiz e Sevilha. A Andaluzia é uma região de grande riqueza natural, cultural e paisagística. Além disso é um dos territórios europeus com maior superfície protegida.

Descrição

Ocupando mais de 31 000 km2, a área compreende três províncias:


Em 2004, havia na zona um total de 114 salinas (ver tabela de continuação)

Tabela 1 – Número de salinas em cada província

Província
Nº Salinas (2004)
Cádis
79
Huelva
23
Sevilha
12

Salinas com actividade extractiva

Segundo o Directório de salinas de Espanha, no ano de 2010, encontravam-se em actividade nas províncias andaluzes 18 salinas:

Tabela 2 – Salinas inscritas no Registo mineiro

Provincia Municipio Nombre salina Tipologia
Cádis San Fernando El Estanquillo Sal marinho
Cádis Puerto Real Molino de Ossio Sal marinho
Cádis Puerto Real Salina El Águila Sal marinho
Cádis Sanlúcar de Barrameda Nuestra Señora del Rocío Sal marinho
Cádis Sanlúcar de Barrameda Salina de Henares Sal marinho
Cádis El Puerto de Santa María Salina Santa María Sal marinho
Cádis El Puerto de Santa María Salinas de La Tapa Sal marinho
Cádis Chiclana de la Frontera Salinas San Juan y Santa Ana de Bartivas Sal marinho
Cádiz Chiclana de la Frontera San José y San Enrique Sal marinho
Huelva Punta Umbría Bacuta y Cajavia Sal marinho
Huelva Huelva Salinas Cardeña Sal marinho
Huelva Huelva Salinas de Bacuta Sal marinho
Huelva Isla Cristina Salinas La Primera Sal marinho
Huelva Isla Cristina Salinas Maná del Mar Sal marinho
Sevilla Écija La Torre Sal de nascente salgada
Sevilla La Puebla de Cazalla Morilla Sal de nascente salgada
Sevilla Pedrera Salina Carmelita Sal de nascente salgada
Sevilla Utrera Salinas de Valcargado Sal de nascente salgada

 

Sabemos da existência de mais salinas em actividade na Andaluzia, mas que não se encontram inscritas no Registo Mineiro.

Características socioeconómicas

Número de empregados
Se observarmos o número de empregados contratados em salinas andaluzes, a grande maioria ou não tem ninguém contratado (é o próprio dono que trabalha na salina) ou tem um a dois empregados:

Tabela 3. Número de empregados em salinas andaluzes, ano de 2009

Número de assalariados Nº empresas
Sem assalariados 4
De 1 a 2 assalariados 12
De 3 a 5 assalariados 2
De 6 a 9 assalariados 0
De 10 a 19 assalariados 2
De 20 a 49 assalariados 1
De 50 a 99 assalariados 1
total 22

Fuente: Instituto Nacional de Estatística, 2009.

 

Dados de produção das salinas


Tabela 4. Produção das salinas de Andaluzia, 2009

Província Produção (Tm) Euros
Sevilha 16.290 914.837
Cádiz 215.929 7.206.929
Huelva 154.959 2.623.815

Fuente: Estatísticas mineras, 2009.
 

Imagens do Litoral Andaluz

Videos sobre as Salinas de Interior

 

Salina Prado del Rey

Daviaud – l’écomusée du marais vendéen

Nome
Daviaud – l’Écomusée du Marais vendéen

Localização

 O ecomuseu do Marais vendéen (46.875306,-2.101096) está situado na comuna de Barre-de-Monts, no departamento da Vendeia (França). É gerido pela Communauté de communes Océan-Marais de Monts, que integra cinco comunas (Saint-Jean-de-Monts, Notre-Dame-de-Monts, La Barre-de-Monts, Soullans, Le Perrier). O seu campo de acção cobre a parte do Marais breton situado na Vendeia.

Le Marais breton

O Marais breton é uma zona húmida (polders e prados húmidos atravessados por valas e canais) que se estende por 45.000 ha.
Originalmente, esta zona fazia parte de uma antiga baía coberta pelo oceano (Baía da Bretanha). Durante a Idade Média as populações construíram diques e canais para a converterem em marinhas de sal. Do séc. XV ao séc. XVIII, o Marais breton foi um dos maiores produtores de sal da França. Esse sal era sobretudo exportado para os países nórdicos.
Esta zona de produção foi sendo progressivamente abandonada a favor das salinas do sul. A agricultura tornou-se mais importante do que a actividade salícola, o que originou uma reconversão da gestão hidráulica (expulsão da água salgada para o mar, substituindo-a progressivamente pela água da chuva). As marinhas de sal abandonadas ainda são visíveis na paisagem, sendo que muitas foram reconvertidas em tanques de pesca.

Desde há cerca de quinze anos que a actividade salícola sofreu um renascimento, particularmente nas comunas de Bourgneuf-en-Retz, Bouin e Beauvoir-sur-Mer. Na Barre-de-Monts, a marinha de Daviaud é a única em actividade, contando com cerca de quinze salineiros activos.


Descrição

O Écomusée du Marais vendéen dedica-se à conservação, ao estudo e à valorização do património ligado à sua região e actua principalmente em dois domínios : 

O ecomuseu é um espaço aberto, no qual 15 hectares podem ser visitados. Nesses 15 hectares encontram-se edifícios representativos da arquitectura local: quintas, bourrines (casas tradicionais do Marais breton) salorge (armazéns de sal tradicionais)… Estes edifícios foram conservados in situ ou desmontados e tornados a montar no local, na tentativa de preservar este património arquitectural.  Neles são apresentadas exposições, reconstituições de interiores, projecções audiovisuais, que permitem ao visitante compreender a história e a evolução dos modos de vida nas salinas.

O património natural

Desde 1998, o ecomuseu tem desenvolvido um programa de investigação sobre a fauna e a flora do Marais vendéen. Está em curso uma parceria com laboratórios de investigação universitários. O ecomuseu é um local privilegiado para estudar a fauna e a flora, dado que se encontra situado no centro de 75 hectares de Espaces Naturels Sensibles (medida de protecção ambiental), os quais gere. As pesquisas efectuadas até ao momento permitiram conceber uma exposição permanente, exposições temporárias, animações específicas, eventos em redor da natureza.

 

O património etnográfico

O Écomusée du Marais vendéen tem a certificação de "Musée de France". Esta certificação, concedida pelo Estado Francês, reconhece o interesse nacional das colecções e das acções desenvolvidas pelo ecomuseu em benefício do património. O ecomuseu possui uma colecção de cerca de 2500 objectos de carácter etnográfico. Para além dos objectos, o ecomuseu conserva edifícios e actividades específicas na região, como le marais salant du Daviaud. 

Para além da visita do sítio (constituído por uma dezena de edifícios) o ecomuseu faz todos os anos exposições temporárias sobre a história, os modos de vida e as actividades económicas das salinas (em 2009, uma exposição foi consagrada aos salineiros em actividade no Marais vendéen, e foi produzido um filme sobre o mesmo tema). Foram igualmente feitas algumas animações para os visitantes, nomeadamente para o público escolar.

 

Le marais salant de l’écomusée

Nas proximidades da Ferme de Daviaud (edifício principal do ecomuseu), uma antiga marinha de sal foi novamente posta em actividade. Esta marinha, ligada à Ferme de Daviaud, esteve em funcionamento até 1917 e foi novamente posta em funcionamento pelo ecomuseu em 1987, com o objectivo de conservar in situ o saber-fazer dos salineiros do Marais vendéen. Esta marinha artesanal tem 10 talhos (área de recolha). A produção de sal atinge as dez toneladas de sal grosso e uma tonelada de flor de sal por Verão. A marinha é propriedade do sítio, mas é gerida, mediante uma convenção com o ecomuseu, por um salineiro independente.

 

Imagens de Ilha de Daviaud

Videos sobre Daviaud

Marais Salants de l’île de Ré

Nome
Marais Salants de l'île de Ré

Localização

As marinhas de sal da ilha de Ré (46°13’ N, 01° 27’ W) estão localizadas a norte da Ilha de Ré e abrangem o território de cinco comunas: Les Portes en Ré, Saint Clément des baleines, Ars en Ré, La Couarde sur mer e Loix.

 

Descrição

As salinas ocupam uma superfície de 1 560 ha, isto é, 18 % da ilha de Ré; a superfície aquática representa 1070 ha, que oscilam entre superfícies produtivas e não produtivas. As marinhas de sal foram criadas sobre terras conquistadas ao mar, através de represas, designadas por prises (presas).

 

 

Actualmente, 460 ha são ainda explorados através da produção de sal marinho artesanal. As outras marinhas foram adaptadas à ostreicultura e à aquacultura (243 ha), à preservação da natureza -  Réserve Naturelle de l'Illeau au des Niges, reservas de biótipos – (80 ha) ou ainda à caça ou à aquacultura de recreio ... (136 ha). Uma grande parte das marinhas permanece inexplorada.

O sítio das marinhas de sal da ilha de Ré inscreve-se na lista RAMSAR. 

As marinhas de sal da ilha de Ré fazem parte integrante da rede Natura 2000 (Nomenclatura Natura 2000 : 1140, 1210, 1310, 1320,1330, 1420, 2190, 1410, 6510 ).

 

Tipos de utilização mais frequentes

Existem dois modos principais de exploração das marinhas: a salicultura e a ostreicultura.

 

Tabela 1 – Superfície ocupada de acordo com os usos

Marinhas de sal

Superfície ocupada (m2) 2009

Salicultura

460 000

Ostreicultura

250 000

Piscicultura intensiva

50 000

Aquacultura extensiva

40 000

Uso natural

80 000

Usos desportivos ou recreativos

150 000

Outros usos (reserva de irrigação, lagunagem)

50 000

Sem uso

  500 000

 

Características socioeconómicas

A produção anual ronda uma média de 2 500 toneladas. Uma centena de explorações produzem, entre 15 de Junho e 30 de Setembro, sal grosso e flor de sal.

Em 2009, uma das cem marinhas de sal que produz sal pelo método artesanal é gerida por um dos parceiros do Projecto Ecosal Atlantis:

A Marais salant de la Prise de La Lasse é propriedade do Conservatoire du Littoral e alberga o ecomuseu da marinha de sal, que, para além de estudos sobre a salicultura, visa fornecer ao público conhecimentos sobre a salicultura e a interpretação da região. Tem por objectivo, para além da produção de sal artesanal, dar a conhecer a prática da salicultura para fins didácticos, culturais e ambientais. 

 

 

Imagens sobre o Marais Salants de l’île de Ré

Videos sobre o Marais Salants de l’île de Ré

Les marais salants de l’île d’Oléron

Nome

Le Port des Salines et les marais salants de l’île d’Oléron

Localização

As salinas da ilha de Oléron, território insular de Charente-Maritime (França), estavam situadas no conjunto das oito comunas da ilha de Oléron: Saint-Denis d’Oléron, La Brée-les-Bains, Saint-Georges d’Oléron, Saint-Pierre d’Oléron, Dolus d’Oléron, Le Château d’Oléron, Le Grand-Village-Plage e Saint-Trojan-les-Bains integradas no seio da Communauté de Communes de l’Ile d’Oléron.

 

Descrição

As marinhas de sal de Oléron, outrora muito numerosas (cerca de 85 000 talhos no século XVII), não abrangem actualmente mais do que cinco salinas (cerca de 250 talhos). A maioria das salinas foi ou abandonada, ou transformada em viveiro de ostras ou em tanque de piscicultura. A fama do ouro branco, conhecido pelas suas propriedades de salga, foi suplantada pela das ostras Marennes-Oléron. 

 

Tabela 1 – Número de talhos por salina em actividade em 2010.

Nome da salina

N.º de talhos

N.º de talhos em actividade

Marais salant du Port des Salines

42

28

Marais salant du Château d’Oléron

12

0

Marais salant des Barbotines

32

20

Marais salant de Boyardville

42

NR

Marais salant de La Brée-les-Bains

140

aprox. 48

O declínio da salicultura começou no final do séc. XIX. No final dos anos 1980, o saber fazer tradicional dos marnotos não foi transmitido, e os montes de sal, chamados mulons (mulas em português), desapareceram das paisagens da ilha de Oléron.

 

O Ecomuseu de Port des Salines nasceu, em 1994, da vontade de restabelecer esta actividade humana na região, através da recriação de uma salina e da construção de um ecomuseu sobre a história das salinas da ilha de Oléron. Posteriormente, outros salineiros retomaram a actividade, contribuindo desta forma para restituir à ilha as suas características paisagísticas e artesanais.

 

Tipo de utilização

Mapa 1 – Île d'Oléron, marinha e salicultura

 

LAs marinhas de sal situam-se no lado oriental da ilha de Oléron e representam perto de 3000 hectares (20% da superfície total da ilha). Dividem-se em três categorias:

  • As marinhas de sal em actividade são utilizadas principalmente para a ostreicultura (cerca de 300 empresas de criação de ostras) e actualmente, de um modo anedótico, para a salicultura (quatro salineiros exploram cinco salinas – um salineiro inicia agora a sua actividade) e piscicultura (Ferme Marine de Douhet).
  • As marinhas deterioradas ou abandonadas foram devolvidas à agricultura(ceifa, pastagem de bovinos e cavalos sobre as bossas) e à caça.
  • As marinhas planas sem tanques e situadas ao fundo das marinhas são constituídas por pastos de criação de gado.

 

Caracterização socioeconómica

Os salineiros da ilha de Oléron são salineiros independentes que recolhem, de modo artesanal, o sal grosso e a flor de sal e, alguns, a salicórnia. Vendem os seus produtos e os seus derivados (sal grosso aromatizado, vinagre de salicórnia, caramelo com flor de sal) directamente nas marinhas.

Cédric Dhaud, salineiro nas marinhas de sal de Port des Salines, acrescenta às suas funções de produtor competências de pedagogo, de modo a dar resposta às expectativas dos visitantes das marinhas com vocação patrimonial e turística.

 

Tabela 2 – Recolha aproximada de sal em Oléron em 2010

Nome da salina

Sal grosso (em toneladas)

Flor de sal (em toneladas)


Marais salant du Port des Salines


6t


1t


Marais salant du Château d’Oléron


0 t


0 t


Marais salant des Barbotines


5t


0,410 t


Marais salant de Boyardville


NR


NR


Marais salant de La Brée-les-Bains


30 t


NC

O Ecomuseu do Port des Salines é um estabelecimento público gerido pela Communauté de Communes de l’île d’Oléron, qualificado no domínio cultural desde 2006.

O Port des Salines, com a certificação Pôle Nature e “Tourisme et Handicap” (deficiência mental, auditiva, visual e motora), tem por objectivo valorizar a história do sal e da salicultura, em especial a da região de Oléron, e de sensibilizar os visitantes para a sua importância. Com esse propósito, o ecomuseu oferece exposições permanente e temporárias, visitas guiadas da salina contígua, desenvolve ateliês e intervenções "fora dos muros", organiza eventos, faz pesquisa e leva a cabo uma política de enriquecimento das suas colecções. O envolvimento da Communauté de Communes no projecto Ecosal Atlantis permitirá a Port des Salines contribuir para a valorização do património salícola europeu e partilhar experiências científicas, pedagógicas e culturais enriquecedoras com outros parceiros do projecto.

O sítio será objecto de uma reabilitação arquitectónica e paisagística em 2011, incluindo a criação de uma sala pedagógica, verdadeiro local de interpretação da salina (financiamento Interreg).

Salgado de Aveiro

Localização

O Salgado de Aveiro (40.65615965408628, -8.664093017578125) localizado na Ria de Aveiro abrange os concelhos de Aveiro, freguesias da Glória, Aradas, Vera-Cruz e Esgueira e de Ílhavo, freguesia de S. Salvador

Descrição

Ocupando uma área de cerca de 2600 ha, incluindo áreas produtivas e não produtivas, o Salgado de Aveiro encontra-se organizado em 5 grupos:

 

 

Em 2007 existiam cerca de 252 marinhas distribuídas por estes 5 grupos de acordo com o descriminado na tabela seguinte:

Grupo
Nº de marinhas (2007)
Grupo do Sul
61
Grupo do Mar
52
Grupo de São Roque ou Esgueira
63
Grupo do Norte
68
Grupo de Monte Farinha
8

 

Tipos de usos mais frequentes

 

Tendo ainda como referência dados de 2007 era possível encontrar na área do Salgado de Aveiro dois tipos de Regimes de Produção: salicultura e aquacultura com áreas de ocupação bastantes distintas conforme expresso na seguinte tabela:

Regime do salgado
Área ocupada (m2) 2007
Salicultura activa
429830
Salicultura semi-activa
111413
Salicultura inactiva
861057
Aquacultura extensiva
759014
Aquacultura semi-intensiva
1927499

 

Características socioeconómicas

Reportando ao ano de 2009, a produção de sal das 9 marinhas (Podre, Santiago da Fonte, Pajota, Troncalhada, Senitra, Grã-Caravela, Passã, 18 do Caramonetes e Puxadoiros) ainda dedicadas produção de sal de acordo com os métodos artesanais atingiu as 908 toneladas. Este valor, de acordo com um dos 19 produtores [marnotos e moços] ainda em actividade, corresponde a um aumento de cerca de 44% em relação ao volume produzido no ano de 2008

Marinha
Área aproximada (ha) 2009
Puchadoiros
8,99
Troncalhada
4,20
Senitra
4,48
Passã
8,19
Pajota
6,57
Santiago da Fonte
5,90
Gran Caravela
4,98
Dezoito dos Caramonetes
3,99
Podre
8,67

Das nove marinhas que estiveram em produção de sal marinho pelo método artesanal, em 2009, duas são propriedade dos parceiros do projecto ECOSAL ATLANTIS:

A Marinha da Troncalhada, propriedade da Câmara Municipal de Aveiro, assumindo-se como Ecomuseu que procura proporcionar o conhecimento e interpretação do território, tem como valências, para além da produção efectiva de sal marinho artesanal, demonstrar a prática da salicultura com fins pedagógicos, culturais e ambientais integrando a rede municipal do Museu da Cidade de Aveiro. A crescente procura deste espaço pelo público, bem como o propósito de o valorizar enquanto equipamento museológico e de potenciar os seus recursos conduziram à participação no projecto europeu Sal do Atlântico e à construção do Centro Interpretativo e Ambiental que abrirá as portas m 2011.


A Marinha Santiago da Fonte, com produção de sal por método artesanal, foi adquirida pela Universidade de Aveiro em 1993. No âmbito do projecto Interreg IIIB Sal do Atlântico (2004-2007), esta marinha foi objecto de intervenções diversificadas: reabilitação do armazém (no âmbito do processo de certificação do produto), recuperação dos muros com experimentação de novos materiais, criação da imagem gráfica da marinha. Por último a certificação da safra de 2009. As intervenções efectuadas permitiram adaptar a marinha para novas funcionalidades, nomeadamente para o desenvolvimento de actividades de investigação e divulgação científica

 

Imagens do Salgado de Aveiro

 

 

Marinha Santiago da Fonte

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Marinha da Troncalhada

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Videos sobre o Salgado de Aveiro

 

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Salgado da Figueira da Foz

Nome: Salgado da Figueira da Foz

Localização

O Salgado da Figueira da Foz (Latitude: 40º 8’ 48 ‘’, Longitude: 8º 51’ 24’’ ) contém o sector distal do Estuário do Mondego como unidade geográfica central, na qual se destaca a Ilha da Morraceira e que abrange as freguesias de S. Pedro, Vila Verde e Lavos.

Descrição
A Ilha da Morraceira (de morraça – Spartina marítima), localiza-se na foz do Rio Mondego. Este estuário tem uma área de 3,4Km2, uma profundidade média de cerca de 2 metros e uma profundidade típica de cerca de 4 metros, nas zonas subtidais – fora da influência das marés. Nesta zona o rio divide-se em dois braços, rodeando a ilha de aluvião. Estes dois braços (norte e sul) juntam-se novamente a cerca de 1km da embocadura, em frente à cidade da Figueira da Foz. Esta deposição de sedimentos aluvionares (areias e lodos) na zona a jusante do estuário, levou à formação da Ilha da Morraceira, com cerca de 600 hectares e que individualiza dois braços do rio. Esta lha compreende extensões apreciáveis de sapais, caniçais, juncais e salinas e aquaculturas ou pisciculturas.


Fig. 1 – Esboço da distribuição das áreas de sapal e de salinas no estuário do Mondego, segundo a carta de distribuição de biótipos de Marques et al.,1984.

A exploração de Sal no Estuário do Mondego foi uma das principais actividades económicas da Figueira da Foz. A tipologia das salinas e a tecnologia de produção assumem nestas marinhas de sal determinadas especificidades que não se verificam noutras regiões salineiras de Portugal e da Europa, tendo sobrevivido até aos nossos dias uma técnica artesanal, extremamente cuidada e bem adaptada ao meio.

Em meados deste século, o salgado da Figueira da Foz tinha um total de 229 marinhas de sal, distribuídas pela Ilha da Morraceira (141 marinhas numa superfície de 519 hectares), pela margem esquerda do Braço Sul e Ínsua D. José (71 marinhas numa superfície de 249 hectares) e na margem direita do Braço Norte (17 marinhas ocupando cerca de 30 hectares). Regista-se ainda que 86 marinhas eram navegáveis em todas as marés, 63 em meias marés e 60 apenas em marés vivas; havendo ainda 20 marinhas que podiam ser servidas somente por terra.

Fig. 2 – Localização das marinhas de sal (incluindo viveiros) e principais esteiros, tendo em conta o registo cadastral de 1954 (adaptação com base nos dados de L.Lopes, 1955).

Passamos então, de uma situação em que o sal representava a coluna dorsal das actividades do estuário, envolvendo directamente centenas de pessoas – em meados do século, o número de proprietários era de 300 e o de operários de 1.300, sendo 500 homens e mulheres (S. Dionisio, 1945) – para as condições presentes em que se calcula existirem entre 40 a 50 marinhas de sal a funcionarem deficientemente.

A marinha de sal representa, por si só, um extraordinário legado cultural, para além do valor do produto que dela se extrai. A sua organização interna, funcionamento e trabalho específico do marnoto merecem bem o devido aprofundamento da investigação.

A sustentabilidade da zona húmida estuarina tem de passar pela manutenção da activiade da salicultura em marinhas tradicionais que, entre muitas funções positivas, proporciona a existência de locais privilegiados do ponto de vista paisagístico e da biodiversidade, sem impactes ecológicos negativos e até com contributos para a qualidade ambiental. Neste aspecto, destaca-se o papel da renovação da água mareal nos reservatórios protegidos, dando origem a grande número de espécies da macrofauna bentónica que são imprescindíveis para a sobrevivência de muitas outras espécies e constituem importante fonte de recurso para a comunidade local.

Áreas ocupadas: Salinas Activas

Fig. 3– O território do salgado da Figueira da Foz – Salinas Activas (2003).

 

As Salinas Activas, e segundo levantamento de 2003, correspondem a 238ha de área total. Preenchendo em percentagem e para a superfície global actual (1456ha), um valor de 16,3%.

- Nº de salinas = 52 + 22
 

Áreas de abandono: salinas inactivas do salgado

Fig. 4– O território do salgado: Salinas Inactivas (2003).

 

As Salinas Inactivas correspondem a 157ha, existindo 70 ha de salinas aterradas e 87 ha de salinas inundadas
Preenchendo em percentagem e para a superfície global actual (1456ha), um valor de 10,3%.


- Nº de salinas = 44
- Nº Aterradas = 29
- Nº Inundadas = 15
 

Áreas com outra utilização: aquacultura

Fig. 5– O território do salgado: ocupação por aquacultura (2003).

A aquacultura corresponde um território de 340ha, estando definida em vários regimes:

1 - Semi - Intensivo Activo(<1,5Kg/m3) = 51ha,
2 - Parcialmente Activas ou Inactivas = 80ha
3 - Extensivo e/ou Artesanal (<100kg/ha) = 195ha
4 - Desconhecido = 9,6ha
5 + 6 - Estação Experimental do IPIMAR + Maternidade = 4,7ha

Preenchendo em percentagem e para a superfície global actual (1456ha), um valor de 23,4%.

- Nº Total = 49

Fig. 6– O território do Salgado: análise de dados.

Marinha do Corredor da Cobra

A Marinha do Corredor da Cobra, é propriedade da Câmara Municipal da Figueira da Foz, e assume-se como ecomuseu desde 2000, ano em que esta Autarquia a adquiriu para a transformar num centro piloto e experiências do Projecto Comunitário ALAS – All About Salt. Desde então, um longo percurso tem vindo a ser percorrido. Este Projecto representou, acima de tudo, um excelente exemplo na tentativa de preservação e desenvolvimento das salinas e do seu património natural e cultural, sem nunca ter esquecido a valorização económica e social  do concelho. A concretização deste Projecto significou o limiar de uma nova oportunidade para as salinas artesanais, nas quais existiram inúmeras actividades e interesses em paralelo que passaram pela necessidade de procurar novas hipóteses e novos projectos financiados. Foi neste âmbito que surgiu o Projecto SAL do Atlântico.

A marinha do Corredor da Cobra tem contribuído, em muito, no apoio deste conceito, dando especial atenção a uma estratégia integrada que abriu precedentes à manutenção da actividade salineira. Desde a aquisição da Salina Municipal, no ano de 2000 que se encontram instaladas as estruturas necessárias para o sucesso desta iniciativa que representa um bom exemplo na tentativa de preservação e desenvolvimento sustentável de um património natural e cultural que a todos pertence e importa manter, nunca esquecendo a valorização económica e social que lhe está afecta e sem a qual não assumiria tamanha importância.
A salina do Corredor da Cobra tem uma área total de 12ha, encontrando-se no actual momento cerca de 84 talhos a produzir, estando igualmente a trabalhar o viveiro e o sapal, mantido durante o pousio (Inverno).

Trabalhos desempenhados pelos marnotos:

  • reparação dos marachões
  • reparação das silhas de madeira (vulgo passadeiras)
  • recolha de limos que se depositam nos viveiros
    limpeza das lamas
  • ensacamento de sal para venda (sacos de 20kg)
  • limpeza e manutenção do armazém de sal
  • manutenção e vigilância da “Rota das Salinas”
  • acompanhamento de grupos / turistas
  • labor da safra (de Junho a Setembro)

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O Núcleo Museológico do Sal

O Núcleo Museológico do Sal

O conceito geral do Núcleo Museológico do Sal baseia-se na ideia que as salinas e o sal são uma actividade em que se cruzam múltiplos aspectos; históricos, etnográficos, paisagísticos, ambientais e económicos, e que devem ser explorados de forma integrada.

Por outro lado, actualmente os museus de sal, e outros meios interpretativos em áreas salineiras, constituem instrumentos de valorização da actividade e dos sítios, e não apenas meros depósitos de instrumentos e documentação relacionados com o sal.

No caso da Figueira da Foz, a criação de um núcleo museológico, em plena salina, constitui uma mais valia notável, a que acresce a existência de um armazém e de uma rota pedestre, permitindo que a visita compreenda a integração destes três espaços que se complementam e completam: Marinha do Corredor da Cobra, Armazém de Sal e Núcleo Museológico.

Com a abertura do Núcleo Museológico do Sal, A Câmara Municipal da Figueira da Foz pretende globalmente, difundir um espaço aberto, campo de experimentação e produção de conhecimento, estruturante de novas identidades que o constituem, a partir de diferentes formas de relação entre Homem, Sociedade, Cultura e Natureza.

Neste sentido, e dando apoio a uma estratégia global de informação suportada, desde o primeiro momento, na reactivação e manutenção contínua da actividade salineira, a Autarquia procurou igualmente dar condições para que esta salina funcionasse também como área de formação para novos marnotos, como centro interpretativo e laboratorial para diversos estudos de biodiversidade do seu ecossistema-tipo, e como unidade didáctica de lazer e de interactividade fruída pelos diversos públicos que visitam este espaço tão singular e característico.

Assim, a criação de um Núcleo Museológico sito em plena salina – e complementado com a existência de um Armazém de Sal, de uma Rota Pedestre pelo salgado e de uma futura Rota Fluvial pelo estuário do Rio Mondego – permitirá a fruição integrada de diferentes espaços que se devem explorar na complementaridade e riqueza dos seus tributos e significados.

Videos sobre o Salgado da Figueira da Foz

Salinas de Rio Maior

LOCALIZAÇÃO

O concelho de Rio Maior situa-se numa zona de transição onde as influências do Ribatejo e do Litoral se mesclam, dando lugar a um espaço cheio de originalidade. Pertence ao Distrito de Santarém e integra-se no Turismo de Lisboa e Vale do Tejo.

Rio Maior localiza-se a 75 km de Lisboa, 30 km de Santarém e 20 km de Caldas da Rainha. Está no centro do eixo rodoviário da zona Oeste do país dispondo de bons acessos quer para Norte quer para Sul. A zona Norte do concelho integra-se na área protegida do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, da qual também fazem parte as Salinas de Rio Maior. As Salinas situam-se a cerca de 3 km de Rio Maior e encaixam-se num vale tifónico no sopé da Serra dos Candeeiros. Rodeadas de arvoredo e terras de cultivo são consideradas uma maravilha da natureza, uma vez que o mar fica a 30 km. O conjunto apresenta-se como uma minúscula aldeia de ruas de pedra e casas de madeira, junto à qual se destacam uns curiosos tanques de formas e dimensões irregulares, que a partir da Primavera se enchem de água salgada dando origem a alvas pirâmides de sal.

HISTÓRIA e PRODUÇÃO

Embora o documento mais antigo que se refere às salinas date de 1177, pensa-se que o aproveitamento do sal-gema já seria feito desde a Pré-História.

A Serra dos Candeeiros é, dada a sua natureza calcária, possuidora de inúmeras falhas na rocha o que faz com que as águas da chuva não fiquem à superfície, formando cursos de água subterrâneos.

Uma dessas correntes atravessa uma extensa e profunda jazida de sal-gema que alimenta o poço que se encontra no centro das Salinas, e de onde se extrai água sete vezes mais salgada que a do mar.

Esta Jazida de sal-gema ocupa aproximadamente a área da Estremadura Portuguesa, entre Leiria e Torres Vedras, tendo-se formado há milhões de anos, depois do recuo do mar que outrora ocupou a região. Embora inicialmente a água fosse retirada do poço através de duas picotas, o que exigia um esforço enorme dos salineiros, hoje em dia é retirada do poço através de uma moto-bomba e distribuída por oito tanques (concentradores), comunicantes entre si. Os concentradores têm capacidade para 1 milhão de litros de água. Aqui, esta sofre uma primeira evaporação. Depois de concentrada, volta à pia de distribuição que se encontra junto ao poço, sendo depois distribuída pelos talhos através das sete regueiras existentes. O direito à água processa-se em função da proximidade do poço obedecendo a regras que nunca foram escritas e cujas origens se perdem no tempo.A evaporação nos talhos dá-se entre três a seis dias, dependendo muito do calor que se fizer sentir. O sal é rapado com pás (antigamente com rodos de madeira) e posto na eira a secar durante 60 horas. Posteriormente é levado em carro-de-mão ou às costas, em sacas até à máquina que o transporta para a Cooperativa ou para os armazéns dos salineiros particulares. O sal é moído, ou não, conforme a indústria a que se destina. Não levando qualquer tratamento químico, deve a sua pureza à acção do Sol e do Vento e ao trabalho do Salineiro.Num passado recente, a maioria dos produtores de sal eram agricultores que se dedicavam sazonalmente - Maio e Setembro - à produção de sal, sendo os lucros obtidos divididos a meias entre o proprietário do talho e o “marinheiro”. Actualmente uma equipa contratada pela Cooperativa desenvolve a exploração e safra do sal da maioria das salinas.Constituem um museu vivo onde os métodos de exploração pouco evoluíram ao longo dos seus 8 séculos de história, o que confere ao local a singularidade que o caracteriza. No entanto, as exigências da indústria moderna obrigam a um constante progresso e inovação das técnicas utilizadas pelos marinheiros. O desafio consiste na adaptação a uma economia competitiva e na conservação simultânea do tipicismo que distingue este património, que a todo o custo importa preservar. Nesse sentido foi criada em 1979 a Cooperativa dos Produtores de Sal de Rio Maior, para responder às necessidades de aumento de produção e melhorias na sua comercialização. Este Sal puramente biológico é exportado para a Alemanha dada a sua elevada qualidade que se deve à referida ausência de quaisquer aditivos ou tratamentos químicos.

A Flor de Sal

Nos dias mais quentes e sem vento forma-se à superfície como que uma película de cristais de sal muito finos, que é cuidadosamente recolhida e posteriormente seca e que vem a ser a Flor de Sal. Hoje em dia é bastante procurada pelos verdadeiros apreciadores, sendo a sua maior virtude a de realçar o sabor dos alimentos, visto não ter os tratamentos químicos que o vulgar sal de mesa contém.

Queijinhos de Sal

A designação vem-lhes do formato. O sal é moldado com sinchos e depois cozido em forno de lenha. Conservam-se por muito tempo e podem ser utilizados como tempero, para o que basta raspá-los com uma faca.

Casas de Madeira

Antigos armazéns de sal. Hoje, em grande parte, transformadas em casas de comércio uma vez que a maior parte do sal passou a ser guardada nos armazéns da cooperativa. A madeira foi o material escolhido de forma a evitar a corrosão do sal. Os suportes laterais exteriores são troncos de oliveira.

Fechaduras de Madeira

Fechadura e chave das casas de madeira. A chave é o acessório de menores dimensões, que apresenta um orifício na ponta. A chave é colocada com os dentes para cima. Ao pressionar a chave para cima, são puxados os “piqueletes” que soltam a tranca, permitindo a abertura da porta. Não existem duas chaves iguais.

Réguas de Escrita

Estas réguas eram usadas para assentar a despesa feita por cada marinheiro na taberna, montada nas casas de madeira durante a safra. As réguas tinham cerca de 1m ou 1,50 m de comprimento e 0,10 m a 0,15 cm de largura. A escrita era feita em sinais convencionais, cada um representando a bebida fornecida e o preço. O pagamento era feito em sal.

Características gerais das Salinas

Nº. de talhos
470
Dim. Média/talho
35 a 50m2
Área total
27.000m2 (5.000 m2 de concentradores)
Poço
8,95m profundidade
 
3,75m diâmetro
1 Litro de Água
220g sal (96% cloreto de sódio)
Produção Anual
2.000 toneladas

 


Geometria do sal

Nenhuma paisagem é tão geométrica como as salinas, linhas perfeitas que formam figuras regulares, pirâmides de sal, ora espalhadas sobre os talhos ora erguidas nas eiras. Geometria presente também no próprio sal que mais não é de um conjunto de cristais cúbicos, que para atingir esse estado passaram por outras geometrias, numa evolução misteriosa e sempre diferente.

Carlos Pereira, arqueólogo e membro da equipa do ECOSAL ATLANTIS  de Rio Maior, captou localmente  belíssimas imagens desse mistério e dessas geometrias.

Imagens de Rio Maior

Videos sobre as Salinas de Rio Maior