Les marais salants de l’île d’Oléron

Nome

Le Port des Salines et les marais salants de l’île d’Oléron

Localização

As salinas da ilha de Oléron, território insular de Charente-Maritime (França), estavam situadas no conjunto das oito comunas da ilha de Oléron: Saint-Denis d’Oléron, La Brée-les-Bains, Saint-Georges d’Oléron, Saint-Pierre d’Oléron, Dolus d’Oléron, Le Château d’Oléron, Le Grand-Village-Plage e Saint-Trojan-les-Bains integradas no seio da Communauté de Communes de l’Ile d’Oléron.

 

Descrição

As marinhas de sal de Oléron, outrora muito numerosas (cerca de 85 000 talhos no século XVII), não abrangem actualmente mais do que cinco salinas (cerca de 250 talhos). A maioria das salinas foi ou abandonada, ou transformada em viveiro de ostras ou em tanque de piscicultura. A fama do ouro branco, conhecido pelas suas propriedades de salga, foi suplantada pela das ostras Marennes-Oléron. 

 

Tabela 1 – Número de talhos por salina em actividade em 2010.

Nome da salina

N.º de talhos

N.º de talhos em actividade

Marais salant du Port des Salines

42

28

Marais salant du Château d’Oléron

12

0

Marais salant des Barbotines

32

20

Marais salant de Boyardville

42

NR

Marais salant de La Brée-les-Bains

140

aprox. 48

O declínio da salicultura começou no final do séc. XIX. No final dos anos 1980, o saber fazer tradicional dos marnotos não foi transmitido, e os montes de sal, chamados mulons (mulas em português), desapareceram das paisagens da ilha de Oléron.

 

O Ecomuseu de Port des Salines nasceu, em 1994, da vontade de restabelecer esta actividade humana na região, através da recriação de uma salina e da construção de um ecomuseu sobre a história das salinas da ilha de Oléron. Posteriormente, outros salineiros retomaram a actividade, contribuindo desta forma para restituir à ilha as suas características paisagísticas e artesanais.

 

Tipo de utilização

Mapa 1 – Île d'Oléron, marinha e salicultura

 

LAs marinhas de sal situam-se no lado oriental da ilha de Oléron e representam perto de 3000 hectares (20% da superfície total da ilha). Dividem-se em três categorias:

  • As marinhas de sal em actividade são utilizadas principalmente para a ostreicultura (cerca de 300 empresas de criação de ostras) e actualmente, de um modo anedótico, para a salicultura (quatro salineiros exploram cinco salinas – um salineiro inicia agora a sua actividade) e piscicultura (Ferme Marine de Douhet).
  • As marinhas deterioradas ou abandonadas foram devolvidas à agricultura(ceifa, pastagem de bovinos e cavalos sobre as bossas) e à caça.
  • As marinhas planas sem tanques e situadas ao fundo das marinhas são constituídas por pastos de criação de gado.

 

Caracterização socioeconómica

Os salineiros da ilha de Oléron são salineiros independentes que recolhem, de modo artesanal, o sal grosso e a flor de sal e, alguns, a salicórnia. Vendem os seus produtos e os seus derivados (sal grosso aromatizado, vinagre de salicórnia, caramelo com flor de sal) directamente nas marinhas.

Cédric Dhaud, salineiro nas marinhas de sal de Port des Salines, acrescenta às suas funções de produtor competências de pedagogo, de modo a dar resposta às expectativas dos visitantes das marinhas com vocação patrimonial e turística.

 

Tabela 2 – Recolha aproximada de sal em Oléron em 2010

Nome da salina

Sal grosso (em toneladas)

Flor de sal (em toneladas)


Marais salant du Port des Salines


6t


1t


Marais salant du Château d’Oléron


0 t


0 t


Marais salant des Barbotines


5t


0,410 t


Marais salant de Boyardville


NR


NR


Marais salant de La Brée-les-Bains


30 t


NC

O Ecomuseu do Port des Salines é um estabelecimento público gerido pela Communauté de Communes de l’île d’Oléron, qualificado no domínio cultural desde 2006.

O Port des Salines, com a certificação Pôle Nature e “Tourisme et Handicap” (deficiência mental, auditiva, visual e motora), tem por objectivo valorizar a história do sal e da salicultura, em especial a da região de Oléron, e de sensibilizar os visitantes para a sua importância. Com esse propósito, o ecomuseu oferece exposições permanente e temporárias, visitas guiadas da salina contígua, desenvolve ateliês e intervenções "fora dos muros", organiza eventos, faz pesquisa e leva a cabo uma política de enriquecimento das suas colecções. O envolvimento da Communauté de Communes no projecto Ecosal Atlantis permitirá a Port des Salines contribuir para a valorização do património salícola europeu e partilhar experiências científicas, pedagógicas e culturais enriquecedoras com outros parceiros do projecto.

O sítio será objecto de uma reabilitação arquitectónica e paisagística em 2011, incluindo a criação de uma sala pedagógica, verdadeiro local de interpretação da salina (financiamento Interreg).